HOMEFRONT - ANÁLISE DO MODO MULTIPLAYER - O JOGO VALE UMA CONFERIDA?

Testei o jogo HOMEFRONT e tenho algumas informações que podem ser úteis aos curiosos acerca da qualidade do jogo.

Da mesma forma que fiz quando analisei o KILLZONE 3 MULTIPLAYER e o CRYSIS 2 MULTIPLAYER faço agora com o HOMEFRONT. Vamos lá!!!

obs: segue o gameplay deste BLOG analisando o jogo.

IMPRESSÃO GERAL DO ESTILO DO JOGO

Antes de falar sobre gráficos, jogabilidade etc, acho que é importante expor um pouco sobre o estilo que o jogo apresenta no modo MULTIPLAYER.

Primeiro é perceptível que ele tenta agradar gregos e troianos.

HOMEFRONT é uma nítida tentativa de juntar CALL OF DUTY e BAD COMPANY (ou outro jogo da EA que siga o mesmo estilo). Explico melhor.

É bastante COD na movimentação do jogador, no estilo do radar e na ausência, no modo TEAM DEATHMATCH, de vários pontos “sujando” a tela, tal como ocorre em jogos como BAD COMPANY ou MEDAL OF HONOR (esses pontos são os que identificam onde estão outros jogadores e tudo mais, mas que são excessivos). Além disso, a impressão de gráficos está mais para o pobreza do motor de CALL OF DUTY, do que para a versão mais polida dos jogos BAD COMPANY, MEDAL OF HONOR (sem dizer nada sobre BATTLEFIELD 3 é claro).

Onde se vê BAD COMPANY nisso tudo? Na tentativa de fazer que esse jogo tenha mapas um pouco maiores do que COD (não tão grandes, mas o suficiente para ter certeza que teríamos que juntar uns 3 mapas de ARRAY (COD BLACK OPS) para ter um mapa pequena idéia de que de fato não é um típico para de CALL OF DUTY.

O motivo disso é visível quando identificamos outros dois detalhes adicionais ao estilo BAD COMPANY: o uso de veículos como meio de participar da guerra e uma maior abertura para que joga com armas de precisão (SNIPER). De fato, é mais apropriado alargar um pouco o tamanho do mapa.

Acho que dá para entender que o intuito do jogo foi o de fazer um jogo que pudesse agradar ao público por todos os lados. Conseguiu?! Vamos ver.

GRÁFICOS

É o calcanhar de Aquiles número 2 do jogo (o número 1 falo mais abaixo).

A baixa qualidade infelizmente é perceptível. O gráfico é inferior ao da série CALL OF DUTY, que já está sendo fortemente cobrada por ter gráficos inferiores aos jogos KILLZONE3, CRYSIS 2 e parece que será ridicularizada pelo promissor BATTLEFIELD 3.

Olhando a arma, ao ser recarregada, ou mesmo as cores pouco vibrantes do jogo, é possível imaginar que se está quase jogando um PS2 ou XBOX. É como se eles tivesse recebido um pequeno upgrade, nada muito além disso. Mesmo as informações da tela de KILL, DEATH, etc. são de difícil visualização mesmo usando um FULL HD que estava jogando.

É um ponto fraco, mas não deixa o jogo em má situação por si só, pois o próprio COD consegue se fazer aceitado pelo público mesmo com gráficos inferiores.

SOM

Não é um TOP de linha, mas simplesmente não compromete nem para elogiar ou para criticar.

RESPAW

Ponto fortíssimo do jogo. O jogador é devolvido em um lugar relativamente seguro, e nisso não há dificuldade absurda, tendo em vista que os mapas são maiores.

Mas chama atenção um outro fator muito positivo, que é a devolução do jogador, no RESPAW, por meio de uma câmera de visão aérea, que desce até realizar de fato o reinício do jogo ao atingir o solo. Portanto, você enxerga o mapa com uma visão aérea em plena descida e é “largado” em solo para recomeçar o seu game.

O que isso tem de importante. A visão aérea é rápida, mas nela fica indicado como estão distribuídos os jogadores pelo mapa (aparecem sinalizados no mapa os amigos e inimigos), de modo que você saberá se deve seguir para frente, esquerda ou direita para logo entrar em combate.

Com isso, apesar do mapa ser maior do que COD, é possível 1- evitar a frustração de voltar ao mapa e ser fuzilado somente porque está ainda um pouco perdido na situação do jogo e 2- não sente-se com a impressão de que não sabe para onde ir em meio a um daqueles mapas maiores típicos de BAD COMPANY 2.

Excelente forma de potencializar rápidos confrontos no mapa, o que em COD não é necessário porque simplesmente os mapas são menores.

EQUIPAMENTOS

Segue a lógica predominante hoje de classes previamente disponíveis e desbloqueios de armas, attachments e outros acessórios.

Achei interessante pelo fato de que possui uma quantidade inicial bem variada e que dá conta do recado, pois são boas as armas disponibilizadas.

É melhor do que a classe inicial de COD BLACK OPS, que te oferece, logo quando é mais leigo possível, o que há de menos eficiente em quase todas as classes disponíveis.

JOGABILIDADE/MOVIMENTAÇÃO/MAPAS

A movimentação do jogador é no estilo COD, o que torna bem fácil o jogo (apenas um pouco mais lenta, mas não muito). A mira é bem simples e na verdade até simplifica bastante, não havendo dificuldade em colocar um RED DOT no alvo. O maior problema é a falta de um gráfico mais descente e que permita até mesmo enxergar adequadamente detalhes que são importantes quando se pretende escapar de um SNIPER, que deitado parece um pedaço de madeira no chão quando visto de longe. Só mesmo passando a mira em cima do objeto para saber se é ou não, mas nesse momento você saberá que é simplesmente porque ele já te deu um tiro certeiro.

Os mapas não são nenhum primor por causa do gráfico fraco, mas cumprem o papel desejado. Achei que são bons embora eu prefira muito mais mapas menores. Sou mais a jogabilidade frenética de COD e que felizmente esta MUITO BOA no jogo CRYSIS 2 (leia qui a análise)

Na verdade ele facilita muito (até demais) a vida de quem joga de SNIPER, pois há pontos muito altos para ficar e a qualidade gráfica prejudica uma boa identificação de um objeto estático.

Mas mesmo assim dá para se divertir.

CONEXÃO

Calcanhar de Aquiles número 1.

Nem COD BLACK OPS, na PSN NETWORK, 2 horas antes da rede cair de vez, causaria tanta indignação a um jogador brasileiro. (nota de edição: acho que fui um pouco duro nesse ponto, mas pelo menos dá para entender que ele é uma conexão ruim... mas talvez no estilo dos dias ruins da PSN NETWORK, não exatamente naquele momento anterior a sua queda, pois estaria muito pior mesmo)

Para ter ideia descarreguei um pende de fuzil no adversário pelas costas e, quando percebi, ele estava correndo ainda só que em uma posição mais para o lado direito da tela, o que deixou nítido que eu não precisava nem de uma KILLCAM para saber do que se tratava.

Coisas desse tipo ocorreram diversas vezes. Atirei várias vezes e cai morto com o adversário sem sequer levantar a arma... ou, na verdade, ele havia atirado me matado e eu em outro nível de conexão não sabia disso. É o famoso ditado que muitos falam quando encontram alguém que apresenta aparência de verdadeiro defunto: “esqueceram de avisar a esse ai que ele já morreu, só falta enterrar”.  

Só consegui jogar de conexão com 1 pontinho vermelho e infelizmente acabamos virando alvo fácil para engordar a estatística de gringos, pois certamente você não sabe disso, mas eles irão enxergar sua movimentação no mapa quadro à quadro, de tão lenta que está a conexão.

Infelizmente estamos deixados de escanteio até hoje quando o tema é servidor dedicado e próximo de nós.

CONCLUSÃO

Um jogo que mesmo com gráficos fracos faria muita alegria se tivesse uma conexão minimamente descente.

Entrar no mapa e morrer 20 vezes porque simplesmente você não tem tempo de saber que já atiraram em você é praticamente inviabilizar o jogo.

A minha conexão é de 10 megas e no COD BLACK OPS, na live, tenho sentido, apesar da dificuldade em adaptar-me ao controle do XBOX 360 (até uns dias atrás só tinha meu PS3) quase nada posso reclamar com relação ao LAG.

Então, estou dizendo disso com base em 10 megas + LIVE, o que é infelizmente uma notícia ruim de ser dita.

Mas mesmo assim vale no mínimo alugar o jogo para ver se você tem sorte com a conexão. Se tiver é ótima diversão.